Editorial
Resumo
Há algumas décadas estudos têm mostrado uma diminuição das colônias de abelhas no planeta. Em especial aqui no Brasil as colônias de espécies nativas têm sido enfraquecidas pelo desmatamento, poluição e uso de agrotóxicos. Desde Darwin muito se tem estudado sobre a sobrevivência das espécies e muito se tem refletido sobre a aceleração dos processos de extinção destas. Ainda dentro dos conceitos de ecologia de que as espécies se interrelacionam e proporcionam mais probabilidade de sobrevivência mútua ainda há maior preocupação quando pensamos no desaparecimento desses insetos. Há plantas que são polinizadas por estas espécies e a sua extinção prejudicará outras muitas espécies no planeta.
Epistemologicamente há quem acredite que a Ciência também esteja submersa a essas mesmas leis. A Ciência sobrevive, se adapta e evolui através dos tempos. Se compararmos a Ciência de hoje com a Ciência de ontem podemos enxergar claramente essas mudanças. Questões contemporâneas, culturais, religiosas, e hoje a tecnologia atuam como fatores importantes nessa adaptação. Algumas hipóteses são testadas e algumas evoluem se tornando teses que por sua vez podem ser novamente testadas sendo refutadas ou ratificadas. Assim a Ciência como um todo evolui e se perpetua.
Essa metáfora das abelhas é um importante chamado a reflexão de como estamos lindando com a Ciência. Assim como as abelhas polinizam as florestas proporcionando vida a natureza a sua volta a curiosidade científica, a pesquisa científica e a sua divulgação é o que mantem viva a chama da Ciência e do conhecimento humano.
Polinizar a Ciência passa a ser nosso imperativo. Cada revista científica poliniza o conhecimento. Preservar a Ciência é a condição sine qua non para que nosso ecossistema do conhecimento seja preservado. Façamos a nossa parte.
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